Ecopista do Vale do Vouga

Bike

Á descoberta de mais uma Ecopista fomos até Sever do Vouga. Eu, a Dona Isaura, mais a companhia de um amigo e a sua companheira de duas rodas.

O objectivo era percorrer parte do traçado da Linha do Vouga, ou como também é conhecida, da Linha do Vale das Voltas, alcunha ganha devido ao seu sinuoso traçado.

Esta linha liga a linha do Norte, em Espinho, à linha do Dão, em Viseu, percorrendo um total de 140 km. Nos tempos que correm a linha só é utilizada em parte do traçado, limitando-se a ligar Espinho a Sernada do Vouga, uma vez que, o restante troço até Viseu foi encerrado em 1990.

Esses 80km de via estão quase na totalidade transitáveis em bicicleta de todo o terreno, o que não é o meu caso, pelo que, limitamos a nossa voltinha aos troços de Âgueda, entre Sernada do Vouga e a Foz do Rio Mau e daí até Cedrim, já no município de Sever do Vouga.

O percurso de Águeda

Inicia-se junto ao apeadeiro de Carvoeiro, que foi também o local em que aportamos para dar inicio a esta aventura, como a antiga linha ferroviária está transformada em artéria rodoviária, o percurso de Águeda, só começa neste ponto e segue em direcção à Foz do Rio Mau, paralelamente à EN16 e ao Rio Vouga.

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Como o canal se encontra em terra batida só o arrisquei percorrer no regresso, não fosse aparecer o Sr. Furo. Na ida, optei por circular no fofinho alcatrão com uma visão ainda mais próxima do rio.

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Seguimos em direcção ao Apeadeiro da Foz do Rio Mau, no concelho de Sever do Vouga. Este troço tem aproximadamente 2.500 metros por entre zonas florestais e agrícolas, não apresentando qualquer dificuldade.

Percurso de Sever do Vouga

Inicia-se no Lugar da Foz, ao quilometro 66,527, e termina (o ciclável em pneu fino) em Fontanelas, já nos limites do concelho com Oliveira de Frades, totalizando, aproximadamente, 10.400 metros.

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O percurso,  em piso betuminoso, de cor vermelha, encontra-se um pouco mal tratado nos quilómetros iniciais, com muitas rachadelas e alguns buracos provocados pelas raízes das árvores, encontrava-se também com alguma sujidade, mas talvez provocada pelo incêndio que varreu as imediações e levou consigo parte das guardas de protecção da Ecopista.

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O percurso serpenteia por entre zonas florestais e agrícolas, sempre com um olho no Rio Vouga e tem como um dos atrativos a passagem por 5 túneis.

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Depois deste portal o cenário, até então, um pouco melancólico, deu lugar a um viçoso verde que me encheu a alma e os pulmões de ar fresco numa manhã que começava a aquecer o mercúrio do termómetro.

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Um dos pontos altos, literalmente, deste percurso é a passagem pelo ex-libris da região, a Ponte do Poço de Santiago, construída em 1913, toda ela em alvenaria, com cerca de 28,5 metros de altura e 165 metros de comprimento, constituindo-na no seu todo 12 arcos de tamanhos vários. Do cimo a vista é deslumbrante e o silêncio apenas interrompido por um ou outro carro que vai cruzando a estrada.

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Embora não oferecendo grandes dificuldades, este percurso, é um falso plano… pois a pequena inclinação mantêm-se constante até Cedrim.

Antes de Cedrim, ainda tínhamos a remodelada Estação da Paradela, com uma pequena  e bem cuidada cafetaria, ponto de paragem no regresso para um café.

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Como é possível ver ali na foto acima, este percurso ciclável, também é partilhado por adeptos da caminhada,  sendo o canal do Caminho de Santiago até Albergaria.

Mas hoje quem mandava era a Dona Isaura… e montado no meu “corcel” branco, lá segui para conquistar mais um, adamastor, túnel e banhar-me em mais um oceano de verde até Cedrim.

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O final do percurso estava já mesmo ali à frente…

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O regresso foi feito com a mesma alegria da ida e sempre com belas paisagens a fazerem de pano de fundo às nossas conversas…

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Já com o relógio a roçar a hora de almoço, houve unanimidade na decisão de fazer uma paragem para alimentar o corpo. Seguindo uma sugestão de um amigo, conhecedor destes recantos ciclisticos, fizemos um desvio em Paradela, descendo até ao rio, para aportarmos depois da ponte no Café-Restaurante “Mira Vouga”, com uma comida “tipo caseira”.

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Claro que depois de um almoço inadequado para quem pedala… aquele quilometro a subir, com os andamentos disponíveis na Dona Isaura, foram uma tortura para os rojões que havia ingerido!

E de túnel em túnel, de quilometro em quilometro lá regressamos ao ponto de partida.

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Com as pernas a pedirem mais e com a curiosidade aguçada pelo que havia lido n preparação desta aventura, rumamos até Sever do Vouga e de lá até Macinhata do Vouga, para ver o espólio que o Núcleo Museológico de Macinhata do Vouga encerra em si.

Mas isso serão histórias para outra publicação… até lá… boas pedaladas… que eu vou indo para o Núcleo Museologico.

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7 opiniões sobre “Ecopista do Vale do Vouga

  1. Na próxima passagem já sabes que há mais um recanto para explorar… entretanto vai presenteando o pessoal com as tuas bonitas fotos dessas fascinantes aventuras que vais vivendo.
    P.S. Gosto imenso da tua bike.

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