Afastamo-nos das montanhas russas naturais que os montes e vales nos proporcionam ao longo das nossas caminhadas, fomos até à planura da ria de Aveiro.
Os Passadiços de Aveiro, são um percurso linear, de aproximadamente 5 km (10 km ida e volta) e com um grau de dificuldade fácil. Oficialmente o percurso tem início no antigo cais de São Roque, perto do centro da cidade, mais 2 km (4Km), mas preferimos o percurso menos urbano, uma vez que, esses 2 km, são contíguos à via rápida, numa zona de pouco interesse paisagístico. Track do percurso aqui.
Estacionamos junto ao Cais da Ribeira, em Esgueira. Os lugares de estacionamento, quase todos preenchidos, evidenciavam a grande procura deste espaço para lazer e atividades desportivas.
Logo no início do percurso existe um observatório para apreciar a fauna, sobretudo as aves, que por aqui habitam e buscam alimento. A ria, durante o inverno, abriga milhares de aves migradoras, uma das razões pela qual lhe foi atribuído o estatuto de Zona de Proteção Especial.
A ria, ao longo do dia e dos dias, vai-se apresentando de formas diferentes, ao sabor das marés! A minha expectativa de encontrar um espelho de água foi gorado pela maré baixa.
Com o recuo das águas, os lodaçais dominam a paisagem, mas neles palpita vida, pequenos caranguejos, sapos e rãs vão vagueando pelas areias lamacentas, certamente, verdadeiros petiscos para algumas espécies de aves, como as garças, pernas longas ou a águia-sapeira. A maré vaza, expõe um sem número de barcos naufragados junto às margens, outros, em “bom estado de saúde” aguardam nos cais a subida da maré.
Os passadiços não são de fruição exclusiva a caminhantes, são estruturas partilhadas com ciclistas e cicloturistas, integrados num projeto maior, a Grande Rota da Ria de Aveiro. O trilho vai alternando entre os passadiços de madeira e os percursos de terra batida até ao Rio Novo do Príncipe, em Vilarinho.
Os troços em terra batida permitem caminhar por entre zonas arborizadas, o que, em dias de maior calor, possibilitam o descanso num “banho de sombra”. Para esse efeito, encontram-se distribuídos ao longo do percurso bancos em madeira, com frases típicas da região.
Chegados ao cais de Vilarinho, em cima da hora de almoço, com uma agradável temperatura ambiente, aproveitamos o espaço de merendas para o repasto. Nas imediações, 400 m, existe um café para o cafézinho pós-refeição.
Mochilas mais leves era hora de regressar ao ponto de partida, pelo mesmo percurso, que se vai transformando ao longo do dia, ao longo dos dias.
Boas caminhadas.
Esses já eu conheço e gostei muito do passeio. Mas estava tudo com muito mais água…o que significa que estaria a maré cheia.
Já tenho em mente o regresso a estás paragens, em duas rodas, pode ser que tenha a sorte de encontrar a ria com água.
Muito bonito e agradável! Também já o fiz e adorei.
Continuação de boas caminhadas!