Depois de ter experimentado caminhar por Quintandona e de ter ficado agradavelmente surpreendido pela beleza do percurso, deixei-me levar, sem qualquer expectativa, mas esperando o melhor, nos caminhos deste percurso dos moinhos, até Cabroelo.
O PR7 – PNF – Moinhos de Capela a Moinhos de Cabroelo, é um percurso com cerca de 8 km e um grau de dificuldade baixo.
Iniciámos a caminhada no bonito e frondoso parque de merendas de Capela. Neste dia de temperaturas amenas para a época do ano em que nos encontrámos. O parque parece encontrar-se num período de hibernação!
Seguimos por um caminho entre campos e depois por zonas florestais onde o eucalipto é rei… não são as paisagens esperadas, mas há que continuar… na expectativa de um brinde.
Adiante, falhamos uma viragem e andamos à deriva!!! Encontrado o caminho, seguimos paralelos a uma levada que nos conduziu até ao, localmente conhecido, Rego Fureiro, Prosseguimos por entre campos agrícolas, por uma ruralidade onde o tempo passa devagar e onde os afazeres do campo ocupam os residentes, mesmo em “dia Santo”.
À porta da aldeia de Cabroelo, encontramos a Capela de São Mateus, que certamente abençoou o restante caminho. Face ao adiantado da hora, com o sol já a aninhar-se por detrás da serra, decidimos deixar a visita ao núcleo molinológico de Cabroelo, o PR3 PNF, para outra ocasião.
Na aldeia, o casario encontra-se bem tratado, quiçá, lavado pela água do fontanário, também ele, com bom ar, mas não é certamente, da água que “bebe”. Prosseguimos, orientados por um aldeão orgulhoso da sua terra, que reforçou a ideia que regressar para ver os moinhos terá de ser uma realidade futura.
De Cabroelo até Capela, o caminho faz-se por entre um casario disperso, por entre campos agrícolas e pequenas hortas, por um caminho que, quando a paisagem se abre sobre o horizonte, proporciona bonitos cenários.
Saídos do monte somos, uma vez mais, abençoados à passagem pela Igreja de Capela e pelas alminhas que se encontra, tal como a ermida, instalada junto da estrada.
Não sei se foi com a ajuda divina, mas a descer, custou bem menos os metros restantes e nem foi preciso boleia do carrinho de mão!
Serpenteando pequenos campos, somos conduzidos ao ponto de inicio deste percurso, já com o sol escondido.
O parque continua deserto, mas nas copas das árvores, o reboliço da passarada traz vida ao local.
Pessoalmente, não vi grandes pontos de interesse neste percurso!!! Quem sabe, juntado a este PR7, o PR1 e o PR3, o tal dos moinhos, o percurso se torne mais atrativo. Serviu sobretudo para um bom treino, por lugares sossegados, para algo maior que, um dia destes, contarei.
Até lá…